A realização de um Encontro sobre o Ensino da Física nasceu da convicção de que era forçoso que a Sociedade Portuguesa de Física dedicasse uma maior atenção aos profissionais desse ensino e aos seus problemas e anseios. Por isso, constituía o 1° ponto do Programa de trabalho da actual Direcção da Delegação de Lisboa, Sul e Ilhas. A organização do Encontro teve início em Fevereiro de 1987, com a constituição das comissões Organizadora e Técnico-Científica, tendo sido imediatamente enviada uma primeira Circular a todos os sócios da SPF e ainda aos delegados do 4° Grupo A de todas as Escolas Secundárias e Preparatórias C +S da região sul do continente, da Madeira e dos Açores. As taxas de inscrição foram propositadamente baixas, a fim de permitir a maior participação possível.
Ao contrário do que correntemente se afirma, a ciência não nasceu na Europa do séc. XVII, nasceu na Grécia Clássica. A partir dos fins do séc. VI a.C., os pitagóricos propõem uma Terra esférica, em repouso no centro do Universo, e uma esfera celeste, rodando em torno da Terra no período de 24 horas, na qual estão incrustadas as estrelas e sobre a qual o Sol se move, no período de um ano e em sentido retrógrado, ao longo do círculo máximo que é a eclíptica. Assim se explicavam a sucessão dos dias e das noites e as estações.
De acordo com o relatório recente da «Comissão para o Ensino da Astronomia» — a. Comissão 46 da União Astronómica Internacional—a Astronomia é ensinada como parte integrante de cursos de Ciências, Física ou Matemática, na maioria dos países. O número de horas que lhe é dedicado bem como o conteúdo dos programas diferem obviamente de país para país.
Uma função primordial da escola é o desenvolvimento de capacidades de pensar e de pensar sobre o pensar de modo que os alunos, dominando esses processos, sejam capazes de aprender autonomamente, em qualquer situação, escolar, pessoal ou profissional, no presente e no futuro. Assim, apresenta-se uma breve revisão da literatura sobre o desenvolvimento de capacidades cognitivas e metacognitivas e sobre alguns programas e projectos no âmbito do «aprender a pensar». Tem-se em vista o âmbito da aprendizagem das Ciências em geral, e da Física em particular, na resolução de problemas, como capacidade a desenvolver e como estratégia de metacognição.
Não serei eu, porventura, a pessoa mais indicada para falar da obra científica do Prof. Richard P. Feynman. O conhecimento deste personagem curioso no mundo dos físicos empreende-se nos bancos da universidade, quando se lê os cursos de Física de Feynman. Ele ensinou-nos a pensar a Física numa nova atitude criadora, que foge à rigidez escolástica. Transmitiu-nos uma nova atitude científica, que faz da Física um modo de pensar e viver.
As teorias utilizadas na difusão segundo ângulos pequenos de raios X e neutrões (SAXS, small angle X-ray scattering e SANS, small angle neutron scattering) são distintas dos conceitos usualmente associados à difraeção de raios X e neutrões. O aspecto experimental também é diferente; são necessárias câmaras e tubos especiais. Apresentamos sucintamente o fenómeno da difusão segundo ângulos pequenos (SAXS e SANS) e salientamos o seu significado físico.
A Teoria da Relatividade Geral (TRG), como representação geométrica da gravitação, permite a formulação de um modelo cosmológico simples, que tem contado com grande aceitação e até mesmo grande favoritismo, devidos, por um lado, à sua naturalidade e simplicidade formal, e, por outro, ao facto de estar em excelente acordo com as principais observações no domínio cosmológico.