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Volume 2 / Fascículo 1
Outubro 1949
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É costume na Gazeta de Física como em quási todos os periódicos, publicar-se críticas de livros. Por uma tal crítica não ser, em geral, tarefa muito agradável é uso distribuí-la por aqueles que mais possam interessar-se pelos assuntos versados nas obras submetidas a exame.
Exames de aptidão para frequência das licenciaturas em ciências matemáticas, ciências físico-químicas e ciências geofísicas, preparatórios para as escolas militares e curso de engenheiros geógrafos - 1948.
Resoluções por Rómulo de Carvalho
O betatrão é um aparelho destinado a produzir raios beta o que justifica o seu nome possuidores de grande energia, que recebendo um feixe de raios catódicos acelera os electrões que o constituem, animando-os de velocidades que chegam a valores muito próximos da velocidade da luz. É portanto um acelerador de partículas. Como se sabe, um electrão devido à sua massa e à sua carga eléctrica quando sujeito a um campo eléctrico, desloca-se com velocidade tanto maior quanto maior for a diferença de potencial a que está submetido; como exemplo diremos que um electrão partindo do repouso à superfície da Terra, se sob a acção de uma diferença de potencial de um microvolt, no sentido da ver- tical adquiriria a velocidade de 600 m/s que lhe permitiria ser projectado à altura de 18 km se o lançamento se fizesse no vácuo e se a Terra fosse desprovida de campo magnético.
A Física dos nossos dias ressuscitou, para o primeiro plano das actualidades científicas, duas designações do século XVIII: a máquina electrostática e a pilha. A primeira está magnificamente representada na máquina de Van der Graff; a segunda, na pilha atómica, poderosa fonte de energia de cuja utilização se espera vir a tirar grande proveito.
oi em 1785 que John Hutton demonstrou a existência, como fenómeno geológico perfeitamente geral, do calor interno, na Terra. Não tentou, o sábio de Edimburgo, formular qualquer hipótese para a explicação daquela fonte de energia. Durante mais de um século, invocaram-se, a este propósito, os processos cósmicos e era, portanto, fora do quadro geológico que se buscava interpretar o calor terrestre.
Os princípios em que se baseia a fotografia a cores são conhecidos há já muito tempo, mas foram os progressos realizados, nestes últimos anos, na Química dos corantes, que permitiram o recente desenvolvimento daquele ramo da fotografia. Recorrendo ao emprego de três lanternas de projecção, podemos projectar sobre um alvo as três cores fundamentais: vermelho, verde e azul, e ajustar as intensidades dos três feixes luminosos, de forma a obter sobre o alvo a cor branca. Fazendo variar convenientemente as intensidades de cada um daqueles feixes, é possível obter, sobre o alvo, qualquer outra cor.
Resolução por Marieta da Silveira
Resolução por Marieta da Silveira

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