Estudos recentes de sinais fisiológicos sugerem a existência de uma estrutura fractal nestes sinais. Investigámos as propriedades fractais do ritmo cardíaco de indivíduos sem doenças cardiovasculares e concluímos que são necessários inúmeros expoentes para caracterizar essas propriedades. Este resultado indica, surpreendentemente, que o ritmo cardíaco não é meramente monofractal mas é, de facto, multifractal. Investigámos também a alteração da multifractalidade do ritmo cardíaco para pacientes com cardiopatia isquémica - uma grave doença cardiovascular - e utilizámos essas diferenças para separar sequências de intervalos entre batimentos do coração de indivíduos pertencentes a cada um dos dois grupos, saudável ou com doenças cardiovasculares.