O estudo do Universo, aquele que se situa para além do
pequeno planeta azul, encontra, inevitavelmente, uma limitação fundamental: apenas podemos conhecer o que observamos, e apenas observamos o que os nossos instrumentos e telescópios detectam. Assim, ao longo dos últimos 500 anos, passámos por inúmeros modelos do Universo, à medida que desenvolvíamos para os nossos olhos instrumentos capazes de aumentar a sua capacidade. Telescópios primeiro, detectores de radiação (de várias radiações) de seguida, levaram a que a Astronomia expandisse em muito o seu objecto de estudo, de um “simples” céu repleto de estrela, matemático e preciso, para um (quase) infindável oceano cósmico de objetos e processos interligados pelas leis da Física.