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Volume 38 / Fascículo 1
Maio 2015
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Todos os anos, no final do Outono, os céus da Tailândia enfeitam-se de milhares de lanternas flutuantes, que iluminam a noite num espectáculo deslumbrante. É uma das manifestações do festival das luzes, uma celebração comum a muitas culturas humanas, do Ocidente ao Oriente. Neles, festeja-se o triunfo da luz sobre a escuridão, os ciclos solares, ou simplesmente o prazer de estar vivo. Ao eleger 2015 como Ano Internacional da Luz, a Assembleia Geral das Nações Unidas propõe a todo o mundo que se una num festival das luzes global, celebrando a essência da luz e das suas espantosas aplicações na vida moderna,
A expansão do Universo é uma das maiores descobertas do século XX. É talvez o facto mais relevante descoberto pelo homem acerca das suas origens. Por outro lado, até à identicação da radiação cósmica de fundo no domínio das micro-ondas, por Arnio Penzias e Robert Wilson em 1965, o reconhecimento de que a recessão das galáxias distantes aumenta com a distância foi a observação astronómica que mais estimulou o nascimento da cosmologia moderna.
A teoria da Relatividade Geral de Einstein é uma das maiores proezas do pensamento humano. Um século depois de ter visto a luz do dia, continua a ser um desafio para cientistas. Segundo esta teoria, a gravidade deixa de ser uma força à distância e passa a ser um efeito da curvatura do espaço-tempo. A Relatividade Geral prevê a existência de “entidades” construídas apenas com tecido espaço-temporal: buracos negros e ondas gravitacionais. Nos próximos anos, estes objectos vão poder ser observados, iluminando finalmente os recantos mais misteriosos do Universo.
O filme Interstellar, que estreou recentemente nos cinemas, fascinou o público com imagens de buracos negros, wormholes, planetas extraterrestres e alguma física muito estranha como ondas gigantes e uma forte dilatação do tempo. Serão todos estes fenómenos pura ficção ou têm algum fundamento científico? Este artigo tem como objectivo discutir alguns destes temas, concluindo-se que há mais ciência envolvida no filme do que à partida seria de esperar.
Mariano Gago escreveu no seu prefácio à reedição Física para o Povo (com o título A Física no Dia-a-Dia, Relógio d’Água, 1995, uma vez que para o autor do livro já não havia “povo”): “Rómulo de Carvalho veio recordar-nos, mais uma vez, como a Física também é quotidiana. A sua obra de divulgação científica, agora em reedição, ocupa um lugar destacado na história da divulgação em Portugal. Aí chegou por um caminho simples, rente à comoção humilde de saber, à altura da nossa ignorância e vontade de aprender.”
Certamente já observaste um arco-íris num dia de chuva. As gotas de água separam a luz branca do Sol em diferentes componentes que os olhos identificam com cores diferentes. Sobrepondo-as novamente voltamos a ter branco. Mas não são necessárias todas as cores do arco-íris para obter branco: basta sobrepor igual quantidade de vermelho, verde e azul.
Não são muitos os professores de Física portugueses que põem à disposição dos seus alunos e dos alunos de outros, sob a forma de livro impresso, elementos de estudo. Muitos fazem-no sob a forma de notas de curso on-line. Mas o livro está bem longe de estar morto e todos sabemos que a manipulação física das folhas de um livro para a frente ou para trás não é exactamente o mesmo que percorrer um ficheiro num ecrã.
A educação em português enfrenta hoje um desafio que se tem vindo a demonstrar cada vez mais importante. De facto, como disse um senhor de bigode, que revolucionou a física com a sua Teoria da Relatividade, “it is a miracle that curiosity survives formal education”1. O que se observa hoje é que esse “milagre” acontece cada vez menos.
O portal Scientix, promovido pela European Schoolnet (EUN), alberga os recursos de todos os projetos envolvendo a educação em STEM (Ciência, Tecnologia e Matemática) financiados com fundos públicos e pela Comissão Europeia. Neste portal podem ser encontrados milhares de recursos para utilização nas salas de aula do ensino básico e secundário, podendo ainda ser solicitada a tradução para uma das línguas europeias, num serviço gratuito.
A 25 de Novembro de 2013, na 68.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas foi proclamado 2015 como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas em Luz (AIL2015). O AIL2015 é uma iniciativa global que pretende destacar aos cidadão de todo o mundo a importância da luz e das tecnologias ópticas nas suas vidas, no seu futuro, e no desenvolvimento da sociedade. Trata-se de uma oportunidade única para inspirar, educar, e conectar à escala global.
A Delegação Norte da SPF, o Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e o Museu de Ciência da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto organizaram um ciclo de palestras comemorativo do Ano Internacional da Luz, abertas ao público em geral. A cor dos alimentos Professor Vítor Freitas (Dep. Química, Fac. Ciências, Universidade do Porto) Biblioteca Municipal do Porto, 20 Junho 2015 às 17:00 A luz dos Novos Mundos Professor Nuno Santos (Dep. Física e Astronomia, Fac. Ciências, Universidade do Porto) Biblioteca Municipal do Porto, 18 Julho 2015 às 17:00 Acreditar para Ver: Luz e Imagem na Investigação Aplicada em Ciências da Visão Professor José Manuel González-Méijome (Dep. Física, Universidade do Minho) Biblioteca Almeida Garrett, 17 Outubro 2015 às 17:00 Luz: sonda do espaço-tempo Professor Orfeu Bertolami (Dep. Física e Astronomia, Fac. Ciências, Universidade do Porto) Biblioteca Almeida Garrett, 21 Novembro 2015 às 17:00
No espaço de poucos meses, a física e a ciência perderam dois dos seus mais brilhantes membros. Carlos Matos Ferreira e José Mariano Gago foram colegas de curso, eram ambos professores catedráticos no Departamento de Física do Instituto Superior Técnico (IST), e deixam marcas muito duradouras no desenvolvimento desta ciência em Portugal. Deixamos aqui apenas uma breve nota, que será desenvolvida numa próxima edição.
A equipa portuguesa que se apresentou em Assunção, Paraguai, para competir na XIX Olimpíada Ibero-americana de Física obteve três medalhas de prata e uma menção honrosa.

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