É opinião corrente que as estrelas observáveis a olho nu, num dado local e num dado instante, são incontáveis. E há também quem afirme que são milhões. De facto, sobretudo num local escuro, afastado de poluições, luminosas e outras, somos tentados a concordar com este ponto de vista. No entanto, o número de estrelas visíveis sem ajuda óptica — mesmo em condições muito favoráveis — é relativamente modesto, muito abaixo das especulações enraizadas no senso comum. Neste artigo apresenta-se um processo expedito e acessível para estimar o número de estrelas visíveis a olho nu do local, bom ou mau, em que o observador se encontra.
A imensidão dos grandes espaços abertos faz-nos pensar que o horizonte geográfico está muito longe: a várias dezenas de quilómetros, para algumas pessoas, mais longe ainda para outras. Neste artigo mostra-se que não é assim e dão-se indicações para calcular a distância até essa linha “onde o mar e o céu se tocam”, utilizando conceitos geométricos simples.
Descreve-se a construção de um sensor (1) para detecção de sinais de emissão acústica (frequências da ordem dos MHz) usando o compósito ferroeléctrico feito de titanato de chumbo modificado com cálcio (PTCa) e de um copolímero do fluo- reto de polivinilideno (P(VDF/TrFE)), numa fracção volúmica de 65:35%, respectiva- mente. O sensor foi testado usando o sistema de emissão acústica computorizado LOCAN 320. Os testes efectuados são comparativos, isto é, comparou-se o desempenho deste sensor com o de outro já existente, nomeadamente o R15 da Physical Acoustics Corporation, que é usado na detecção de sinais de emissão acústica. Fez-se, também, a medição da impedância em função da frequência de ambos os sensores.
O dia 21 de Setembro de 1998 assinalou a jubilação do Prof. J. Moreira Araújo como professor catedrático da Faculdade de Ciências do Porto.
Para comemorar a efeméride, um grupo de colegas e amigos promoveu um conjunto de realizações de homenagem ao Prof. Araújo, revestidas de grande simplicidade, mas vividas com profundo sentido de admiração e carinho por todos os que nelas participaram.
O Departamento de Física decidiu dedicar o nome do Prof. Araújo à sua biblioteca, como testemunho do seu reconhecimento pela sua acção pioneira e de inexcedível dedicação para a sua criação e consolidação ao longo dos anos, e pelo grande impacto que teve para o desenvolvimento das diferentes áreas do Departamento, investigação local, e apoio dos alunos das licenciaturas e pós-graduação.
É para mim uma grande honra e dá-me muita alegria, poder proferir nesta cerimónia umas breves palavras, em representação do Departamento de Física da Faculdade de Ciências do Porto, de homenagem ao Prof. Araújo, neste dia tão especial para a nossa Universidade e para tantos dos seus amigos aqui presentes.
Sendo esta uma missão irrecusável, constitui também uma pesada responsabilidade, pois a figura e a obra do Prof. Araújo, na sua riquíssima diversidade e vigor, apenas de um modo muito pálido e limitado poderão ser esboçadas na singeleza das minhas palavras.
É muito honroso para mim participar nesta homenagem ao Prof. Araújo e faço-o com o maior empenhamento e muito prazer.
Conheci o Prof. Araújo em 1963, já lá vão 35 anos, logo após ter terminado a licenciatura em Ciências Geofísicas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O que aprendi nesse curso tinha-me deixado muito insatisfeito. Foi um contacto muito breve com a física que não incluiu grandes domínios da física moderna; foi excluída a mecânica quântica, a física nuclear e a física das partículas elementares, entre outras.
Pediram-me para dizer algumas palavras sobre o Prof. Araújo e seu papel na formação básica em Física para a Engenharia na Universidade do Porto. Fiquei muito contente por poder ter a oportunidade de exprimir toda a amizade, gratidão e admiração que por ele sinto. Fico ainda muito honrado por fazê-lo neste nobre local, do qual guardo as mais gratas recordações.
Na actividade de professor universitário devem coexistir, de forma indissociável e harmónica, componentes de docência e de investigação, enquadradas por uma atitude comportamental e humana que, de resto, deverá sempre ser a pedra de toque de toda a actividade de vanguarda.
Em 1985 o prémio Nobel da Física foi atribuído a Klaus Von Klitzing, pela descoberta do Efeito Hall Quantificado (EHQ) (ver [1]). Em 1998 o prémio Nobel da Física foi atribuído a dois experimentalistas, Dan Tsui e Hâns Stõrmer [2] e um teórico, Robert Lauglhin [3] pela descoberta e explicação do Efeito Hall Quantificado... Fraccionário (EFQF).
Usando a linguagem futebolística, trata-se de uma “dobradinha”, não para uma pessoa, como nos casos de Marie Curie (prémio Nobel da Física e da Química) ou John Bardeen (dois prémios Nobel da Física, um pelo transístor com Shockley e outro pela teoria da Supercondutividade com Cooper e Schrieffer) mas para o mesmo fenómeno, o que é certamente mais surpreendente.
Calendário das Olimpíadas para 1998/99
Estão fixadas as datas para a realização das provas regionais e nacionais das Olimpíadas de Física 1998/99. As provas regionais terão lugar no dia 15 de Maio de 1999 simultaneamente em Lisboa, Coimbra e Porto. As provas nacionais estarão a cargo da Delegação Regional do Sul e Ilhas e decorrerão em Lisboa nos dias 25 e 26 de Junho (e não Julho como por lapso saiu no cartaz promocional das olimpíadas).
Relatório das Actividades da Direcção da Divisão Técnica de Educação relativo ao mandato de Novembro de 1996 a Novembro de 1998
Índice do Volume 21
Olimpíadas de Física 1998/1999