Uma senhora franzina, no aprumo de um tailleurcom-
camisa-branca e dos cabelos prateados de
60 anos de idade, deixa o hotel Adlon de Berlim
junto às Portas de Brandenburgo, com duas malas
de fim-de-semana, dez marcos e um anel antigo
com um diamante na bolsa. Apanha o comboio
para Groningen. Na fronteira entre a Alemanha e
a Holanda, mostra o passaporte à polícia alemã.
Outro polícia, de farda holandesa, toca nas costas
do colega e olha-o significativamente. Fingem ambos
uma distracção casual e não verificam o passaporte
inválido, de um país que já não existe. A senhora
segue viagem e horas depois chega a Berlim um
telegrama lacónico “o bébé já chegou”...