Muito se tem, mais do que merecidamente, escrito sobre o José Mariano Gago; sobre o seu contributo único na definição e execução das políticas científicas que criaram em Portugal, a partir do quase nada, uma comunidade científica
dinâmica e internacionalmente competitiva. Recentemente, foi publicada por quem o acompanhou de perto uma obra extensa sobre esse percurso de dezenas de anos. O meu
contributo será mais pessoal e “pré-histórico” (tomando como referência para o início da história pública a tomada de posse do José Mariano como presidente da JNICT, em Maio de 1986), testemunhando as pequenas, grandes,
revoluções que, nesses anos, com a colaboração de outros “estrangeirados” como o Rui Vilela Mendes e o Jorge Dias de Deus, foi introduzindo no modo como se ensinava física, como se fazia divulgação científica, como se ligava Portugal
ao mundo científico.